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segunda-feira, 7 de março de 2011

Insulto.


Quero aqui deixar uma crônica de Larré, do jornal Diário de Santa Maria. Achei muito boa e vou deixar no meu Blog para sempre.


      DO INSULTO.


  Há formas diferentes de insulto. Até em medicina existe este termo para definir episódicos males do organismo. Mas o vocábulo tem sempre a conotação agressiva das ofensas e o sentido maldoso dos malquereres. Traz o anátema da violência e não disfarça, na sua negra face, o ódio e a hostilidade.
  Tenho aversão a qualquer forma de violência. Seja ela verbal ou física, moral ou psicológica. A paz, a calma, a tolerância, o perdão e o amor são o meu tema. E, como um brasão, componho assim a parassematografia dos meus dias. Já sofri maldades e ofensas. Fosse eu revoltado, traria na alma fundas cicatrizes. Os males que recebo, relego-os ao esquecimento. E, dos meus malfazeres, me arrependo e me castigo. Não sou um homem puro. Apenas procuro me enfileirar entre os bons, na tentativa de me tornar um deles.
  Mas o insulto me aborrece e a agressão me agasta. Tudo que se opõe à ética me enfada. Às vezes, minha alma se fere nos maus tratos da estética. Entristeço-me ao ver aquela agressiva cena de enlamear a cara alheia com o arremesso dissonante de uma torta doce. Quanto horror e pena me causou o ver, ao acaso de uma novela tola, a atriz Fernanda Montenegro e o saudoso Paulo Autran, protagonizando aquela cena descabida de uma guerra de mesa, de molhos, de tortas, de bebidas e de doces. Quanto mal e quanto espanto causou aquilo a alma e à sensibilidade da gente brasileira ! Isso é uma forma de insulto. O rosto, a  face, a cara das pessoas é a verdadeira digital da honra de cada criatura. Deve ser intocável ao mais púgil dos espíritos.
  O ser humano inventou mil maneiras de insultar a dignidade alheia. Uma palavra, um gesto, um muxoxo apenas, pode carregar uma dose letal de ódio, se expelido como um petardo de intenção maldosa.
  O ensinamento de que " violência gera violência e só o amor constrói para a eternidade ", encerra uma das mais perfeitas lições de humanidade. A sentença é de tal beleza, que já foi atribuída a Augusto Comte, a Getúlio Vargas, a Mahatma Gandhi, a São Francisco de Assis e a outros pensadores.
 Não importa quem tenha dito antes este pensamento.
 Importa que haja sempre alguém a repeti-lo .
  Escritor e jornalista J. Bicca Larré.


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