
Quanto ao amor, quero-o singelo.
Se eu desejar alegria, nunca jamais será a dos ébrios. Será a da corruíra fazendo seu ninho no limiar da primavera. É alegria das coisas pequenas, a pena para o ninho, por exemplo. Não há ninho que mereça esse nome se não tiver uma pena. Se eu desejar alegria, não será a dos bobos da corte, a dos programas de humor, nem a do ridículo dos outros. A alegria que desejo não é a da gargalhada, mas a do SORRISO ; não é a da festa, mas a da ceia. Minha alegria é a do ancião, alegria destelhada. Deixo a chuva cair sem medo sobre a minha alegria. Prefiro poupar as árvores, desejo uma natureza cuidada com o zelo dos amantes. Por fim desejo uma espiritualidade vertendo da vida para além das terras da religião.
Vontades comungadas tornam prósperos os anos e melhor o mundo.
Pablo Morenno.
Um comentário:
Lindo texto.
Também quero essa alegria!
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